segunda-feira, 27 de abril de 2009

↕ Anos Rebeldes ? ♫

“Na década de 60, os jovens participaram dos acontecimentos com uma intensidade nunca vista antes na história da humanidade.”


É proibido proibir. Essa é a frase que inspirava os jovens nos anos 60, mas propriamente no ano de 1968, onde a luta por seus possíveis direitos causou muitas revoltas, confrontos, discussões e passeatas. Sem falar no grande e impressionante resultado, que foi a revolução dos jovens, com os movimentos estudantis.

Rapazes, moças e estudantes, entre 13 e 30 anos, foram para as ruas com protestos contra as autoridades. Mas qual seria a finalidade de toda essa revolta? Seria rebeldia apenas? Ou também o reconhecimento de que havia uma grande necessidade de mudanças?

Pelo fato de a colocação dos jovens em períodos antes dos anos 60, ser bastante insignificativa, pela maioria serem socialistas, por desavenças políticas e discordâncias também políticas, foi que milhares e milhares de jovens de todo o mundo, se levantaram contra, os poderosos.

Roma, Paris, Los Angeles, Berlim, Tóquio, México, Rio de Janeiro, foram os principais cidades, onde era mais freqüente encontrar jovens estudantes, nos asfaltos com pedras, gás lacrimogêneo, e ainda enfrentando a policia.

No Brasil, estes movimentos, ocorreram em 1967 e 1968, onde nos grandes centros urbanos, a cena era a mesma, estudantes contra o regime autoritário dos generais, em geral eram jovens universitários e de classe média.

Entretanto, foi na França, que tivemos a maior revolta estudantil, no mesmo ano.Nos muros, haviam pichações revolucionárias com tinta spray , frases como:”A imaginação no poder! “, “O sol nasce vermelho para todos! “ e “Faça amor, não faça a Guerra! “. Houve uma gigantesca greve geral, que paralisou as indústrias francesas. Os universitários entraram com bandeiras vermelhas e negras, e até o presidente Charles De Gaulle, perdeu o controle do país.

Os jovens estavam mesmo decididos a fazer uma grande revolução. Essa afirmação é perceptível, quando eles começaram a não apenas querer mudar o mundo a sua volta, mas sim o seu próprio mundo. Pois, as meninas passaram a usar minissaias, e os meninos cabelos compridos. Defendiam a liberdade sexual e também os movimentos gay, era como a tese do psicanalista Wilhelm Reich(1897-1957),” A luta pela liberdade sexual, pelo direito do casal de namorados transar sem sentimentos de culpa, era também uma luta revolucionaria”.

Tudo isso, as pichações nos muros das grandes cidades, os confrontos entre estudantes e policia, a mudança radical dos jovens, uma maior valorização do rock, do sexo, e dos jovens em si, gerou um sentimento de nova era, onde as pessoas descobriram o quanto é bom, gostoso e até importante o convívio em grupos, compartilhando alegrias e tristezas.


O que mudou depois dos movimentos estudantis na década de 60?Valeu a pena?

Acordo salarial entre os patrões e os trabalhadores, e permanência destes


no socialismo, estudantes abandonados nas ruas, onde ninguém mais davam valor aos seus protestos, esse foi o cenário depois dos grandes movimentos estudantis, na França.

E no Brasil, as passeatas estudantis foram extintas a partir do final de 1968, e o regime militar tomou o poder com o AI-5(lei que dava poder total aos generais, presidentes).

Todavia, os estudantes não lutaram em vão. Pois a idéia sobre o direito das mulheres,a repreensão sexual, a musica, a moda e a natureza, foram reavaliadas, felizmente pelas pessoas, a partir daquele momento.Como afirmou o ex-beatles John Lennon, “O sonho acabou! “


Adriênne Sena e Ivamara Santos



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